Durante muito tempo, séculos, talvez milênios, a humanidade sempre foi assombrada, assustada e de certa forma dominada pela ideia do diabo e de seres malignos.
Não sem razão, instalou-se o medo e o pavor em suas mentes.
Seitas, líderes, pessoas interesseiras e inescrupulosas, grupos religiosos ou não, encontraram campo fértil a ser explorado.
Baseavam-se em um conceito simples, de que para haver equilíbrio necessitava-se de seu correspondente ao contrário,
ou seja, se havia o bem, seu correspondente contrário seria o mal, o certo e o errado, e assim também se aplicava a outras coisas.
Então se chegou a uma espécie de consenso: se havia um Deus deveria haver seu correspondente contrário, para equilíbrio das forças, ou seja, o diabo.
Existirá então um ser (diabo) voltado eternamente para o mal diante do pressuposto e até mesmo da absoluta certeza de alguns, ou de muitos, da existência de Deus,
ou de um principio inteligente universal que a tudo controla, da vida a tudo, a tudo mantêm e a tudo provê?
Com o conhecimento, entendimento e percepções que dispomos atualmente podemos afirmar peremptoriamente que não.
Entretanto, geralmente as ideias possuem uma origem, um princípio, um fundamento…
De onde vieram tais ideias?
Certamente das regiões denominadas como umbralinas, onde desencarnados ainda atrelados a ausência de sentimentos, entendimentos e percepções encontram amplo espaço para suas manifestações.
Há desencarnados de inteligência aguçada e perspicaz que não raro descobrem o potencial que possuem e os mecanismos, os meios de alterarem suas formas e aparências,
bem como, exercerem certo controle no ambiente astral e até mesmo sobre grupos de desencarnados, constituindo verdadeiras lideranças.
Não raro também, podemos enxergar nas regiões umbralinas, seres de postura e aparências monstruosas e diabólicas, para os quais basta plasmarem suas formas de acordo com seus desejos e intentos.
Tais seres com o intuito de impressionar, assustar e dominar, eventualmente pode formar ou criar, grupos, locais, situações que poderiam parecer verdadeiras regiões infernais.
Muitos encarnados, às vezes, trazem em seu intimo a intuição ou instintiva lembrança de situações vivenciadas em tais regiões, ou visões com tais seres, que tiveram no período que estiveram desencarnados,
ou em projeções, em ou desprendimento do corpo pelo sono físico (que é diferente da projeção).
Portanto, não é de admirar que no plano físico as pessoas possuam um medo, um pavor instintivo do diabo ou de seres malignos, bem como, surjam pessoas, grupos, seitas e rituais satânicos,
que com propósitos e objetivos diversos procuram eventualmente tirar vantagens, lucros, enganar, fazer acordos, etc.
Leiam por exemplo no meu relato denominado “PROJEÇÃO NUM CENTRO ESPÍRITA” no link
A reação de uma pessoa que promovia estranhos e macabros rituais:
“(…) Tentávamos orientar e esclarecer algumas pessoas que participavam de estranhos e macabros rituais. Uma pessoa de estranha aparência alegou que não podia deixar de “trabalhar”
pois aquilo que fazia (trabalho macabro) era uma missão(…)”
Uma pessoa que queira fazer, por exemplo, um acordo do tipo “vender a alma ao diabo”, certamente encontrará pessoas, grupos e seitas satanistas para tal…
Então, o que poderá ocorrer de real em tais situações?
Eventualmente desencarnados e ou grupos de desencarnados poderão participar e promover tais situações.
Nada impedirá, por exemplo, que um destes desencarnados, use seu livre arbítrio e procure indicar, desvendar, descobrir situações ou influenciar encarnados em situações que favoreçam determinada pessoa encarnada.
O encarnado neste caso poderia ter a impressão de que tal fato (acordo com o diabo) realmente aconteceu, pois obteve vantagens momentâneas em sua vida física…
Entretanto, certamente pagará alto preço por sua leviandade, desequilíbrio e falta de entendimento ao fazer acordos com entidades (ainda) malfazejas que a dominará, a assediará e a escravizará por muito tempo…
Portanto, de certa forma, podemos entender que o diabo “é real”, porém, NÃO É VERDADEIRO.
