Hoje (14/02/2004) tive a oportunidade de observar um desencarnado no astral.
Era um cara moreno de tez escura, vestia um longo casaco de aparência surrada, tinha os cabelos despenteados e sua barba estava crescida, como se não a fizesse há muito tempo.
Assemelhava-se a um andarilho, a um morador de rua, porém, era cheio de esquemas; parecia ter alguma influencia sobre alguns desencarnados em situação semelhante à dele.
Após dar instruções a um de seus comandados, lembrou-se de alguma coisa e falou em tom pouco alterado para o rapaz que já ia longe:
“Não se esqueça de falar para a madame que ela nos deve…”
“Tá legal!” respondeu o rapaz.
Admirado, comentei com ele:
“Nossa! Você conseguiu falar com ele desta distancia…”
“É, aqui a gente consegue…” respondeu ele em tom amistoso.
“Este plano aqui é bem diferente, não é?” eu comentei.
“É, aqui tem muita coisa diferente…” respondeu ele, pensativo.
“Quando você chegou aqui foi difícil a adaptação? O que você sentiu? perguntei.
“Foi muito difícil, foi duro” respondeu ele, que parecia lembrar-se de seu desencarne.
“Tive que ir me habituando aos poucos… os sons pareciam que chegava tudo de um vez, tive que ir separando, aprendendo…” continuou ele, fazendo gestos com as mãos.
Percebi que eu podia perguntar mais coisas, descobrir mais coisas, junto a um desencarnado que estava habituado a viver no astral, porém, a emoção me fez voltar para meu corpo físico, me “puxando” de volta.
Que pena, pois perdi excelente oportunidade.