Hoje (13/03/2004) lembrei-me da tragédia (incêndio) do edifício Joelma, ocorrida em São Paulo, no dia 1º de fevereiro de 1974, onde morreram, se não me falha a memória, cerca de 122 pessoas (alguns jornais, conforme li na internet, mencionam 189 pessoas mortas).
Naquela época eu trabalhava em uma empresa na Rua da Consolação, bem próximo do edifício Joelma, como Informante Comercial, e eu ia com muita frequência, tirar informações comerciais, no 22º ou 23º andar (não lembro direito qual andar), onde se situava o cadastro da Crefisul.
No dia imediatamente anterior ao do incêndio, eu estava voltando para a empresa e faltava uns quinze minutos para encerrar o expediente.
Eu já tinha programado que iria no Crefisul, tirar informações comerciais, no outro dia logo pela manhã…
Pelos meus cálculos, exatamente as 9:00 h (quando o fogo se alastrou) eu DEVERIA ESTAR NO 22º ou 23º andar do edifício Joelma ( segundo eu soube, posteriormente, o cadastro da Crefisul foi um dos locais que mais queimou ).
Porém, eu “senti” vontade de passar na Crefisul naquele dia anterior, e adiantar o serviço do dia seguinte, apesar de faltar apenas quinze minutos para encerrar o expediente.
Por outro lado eu também pensei… “bobagem, posso deixar para amanhã cedo…”
Lembro-me perfeitamente a decisão e indecisão de ir na Crefisul…
Nada me forçou a ir, nada me forçou a deixar ir…
Conclusão: FUI e isto provavelmente salvou minha vida nesta existência.
Durante muitos anos eu pensei naquele instante de decisão ou indecisão e sempre pareceu-me uma coisa tão inócua, tão simples (eu poderia tanto decidir uma coisa como outra) e no entanto era uma decisão MUITO IMPORTANTE pois significava continuar vivo e ileso, ou provavelmente ter uma morte horrenda, sendo queimado vivo.
Onde entra, ou entrou, o livre arbítrio neste caso?
Que espécie de Karma, ou ausência dele, levou-me a aquele momento?
Até onde funciona nosso livre arbítrio?
Temos realmente livre arbítrio ou está tudo programado?
Durante muitos anos tive esta dúvida, porém, somente hoje, através de minhas projeções em corpo mental e em contato com a noção de onisciência ( se é que posso definir desta forma ), eu pude entender que, o que é para os encarnados livre arbítrio, para os planos superiores é algo liquido e certo, pois podem “enxergar” e “perceber” a um só tempo passado, presente e futuro, com todas suas origens, necessidades, desdobramentos e consequências.
Ou seja, ELES (leia-se: planos superiores, Deus, Criador, consciência cósmica, nosso eu superior, ou qualquer nome que queiram dar) sabem exatamente qual decisão nós (encarnados) vamos tomar.