Esta semana (09 a 15/06/2003) durante o dia eu tinha poucos compromissos e resolvi deitar e sair projetado…
Esta experiência que passo a relatar demonstra o cuidado que devemos ter com nossas projeções, pensamentos e sentimentos.
Em Sorocaba, um Supermercado instalou-se em um local de uma antiga fábrica.
Não tenho nada com isto, mas ao ler a noticia no jornal fiquei indignado, pois por problemas que me pareceram meramente burocráticos não liberaram a licença do estabelecimento e consequentemente não deixaram abrir.
Alegam que falta o laudo técnico, ou algo assim, do setor de patrimônio histórico referente à fachada do prédio estipulando como vai ficar e etc.
Conheço bem o absurdo da situação e dos prejuízos causados…
Pois bem…
Não sei por que, mas fui atraído para junto do provável responsável pela liberação do entrave burocrático e sem pensar comecei a falar para ele da minha indignação diante de coisas que conheço muito bem, dos problemas que isto causa para o empresário, dos empregos em jogo, dos investimentos feitos, dos produtos perecíveis.
O cara não me respondia nada e atarefado continuava trabalhando… Às vezes ele ia à outra sala deixar algum documento e eu ia junto falando com ele…
Até que quase exasperado falei para ele: “Pô, fulano (…) usa da sua influência!”
O cara parou e olhou diretamente para mim… Virou as costas e em seguida foi sentar-se em sua cadeira meio assustado…
Aí, assombrado eu “caí em mim” e compreendi tudo…
Deus!
Eu estava projetado, numa repartição pública, fazendo assédio num encarnado…
O cara não respondia as minhas argumentações porque ele estava no corpo físico dele, trabalhando e através de algum mecanismo psíquico, mediúnico, ou seja, lá que nome queira dar, eu falava e ele provavelmente captava como se fossem seus próprios pensamentos.
Talvez ele até tenha visto ou percebido algo, por isso ficou aparentemente assustado.
Envergonhado e completamente pasmo, voltei para o meu corpo físico.
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Algum tempo depois acabei descobrindo quem era o encarnado de uma repartição publica que eu “assediei” na experiência acima.
Apesar de não conhecer o cara no físico, fico imaginando se o mesmo se lembrará do “assédio” que lhe fiz.
Fico imaginando também o choque que o cara teria se eu lhe revelasse detalhes tão íntimos de coisas que ele imagina ter sido seus próprios pensamentos…
Claro que eu não vou procurá-lo, pois ele provavelmente vai me achar um pirado…
Mas e se ele se lembrar do ocorrido (parece ter sido uma experiência forte e marcante para ele), teria eu o direito de interferir ou chocá-lo em suas crenças e convicções?
Como eu encontrei o cara naquele dia e como eu sabia que era ele o responsável?
Será que eu o encontrei apenas por sintonia?
Ou será devido nosso eu superior, nossa consciência, nosso espírito ter onisciência?
É muito interessante pensar nestas coisas, por isso resolvi colocar aqui no site.